Mariangela Hungria Entra para Time100 Climate 2025

A pesquisadora da Embrapa Mariangela Hungria foi incluída na Time100 Climate 2025, lista que destaca as cem personalidades mais influentes do mundo em ações climáticas. Ela aparece na categoria “Defenders”, e a relação completa será divulgada em 10 de novembro de 2025.

Hungria declarou considerar “um privilégio” trabalhar pela segurança alimentar com práticas sustentáveis. Em outubro, a cientista recebeu o Prêmio Mundial da Alimentação (World Food Prize), conhecido como “Nobel da Agricultura”.

Participação na COP30

Em novembro de 2025, a pesquisadora integrará as atividades da Embrapa na AgriZone, espaço da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA). Ela pretende apresentar a viabilidade de produtos biológicos como alternativa aos agroquímicos, destacando a mitigação de gases de efeito estufa e o acesso a alimentos de qualidade.

40 anos de inovação

Com mais de quatro décadas dedicadas à microbiologia do solo, Mariangela Hungria já desenvolveu mais de 30 tecnologias. Seu trabalho se concentra na substituição de fertilizantes químicos por microrganismos, principalmente por meio da fixação biológica de nitrogênio (FBN), que elevou em média 8% a produtividade da soja sem uso de adubos nitrogenados em 85% das áreas cultivadas no Brasil.

Imagem: Gerardo Lazzari via canalrural.com.br

• A coinoculação da soja — combinação de bactérias fixadoras de nitrogênio com promotoras de crescimento — já cobre cerca de 35% da área cultivada no país.
• Em 2024, a economia obtida com a dispensa de fertilizantes nitrogenados foi estimada em US$ 25 bilhões.
• As práticas permitiram reduzir cerca de 230 milhões de toneladas de CO₂ equivalentes.

Trajetória

Nascida em 1958, em São Paulo, Hungria é engenheira agrônoma, doutora em Ciência do Solo e pesquisadora da Embrapa desde 1982. Somam-se ao seu currículo mais de 500 publicações científicas, três pós-doutorados, o título de comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico e assentos em diversas academias científicas.

Com informações de Canal Rural