Metodologia Do Plano Clima É Questionada por Pesquisador
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O Plano Clima, uma das principais Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) que o Brasil pretende levar à COP30, tem como meta recolocar o país na liderança climática mundial por meio da compensação de emissões de CO₂ e da eliminação do desmatamento ilegal.
Entretanto, a forma de contabilizar essas emissões pode penalizar quem atua dentro da lei, alerta o pesquisador Leonardo Munhoz, da Fundação Getulio Vargas (FGV).
De acordo com o especialista, o documento atribui ao setor agropecuário emissões provenientes de desmatamento ilegal, o que distorce os dados reais.
Munhoz afirma que essa imprecisão gera insegurança jurídica e pode enfraquecer a aplicação do Código Florestal, considerado uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo.
A confusão entre emissões legais e ilegais também pode dificultar o uso da agricultura sustentável como selo de sustentabilidade em negociações internacionais, prejudicando o agronegócio brasileiro na pauta climática.
Imagem: Pixabay via canalrural.com.br
Apesar dos entraves, o setor rural reúne iniciativas que podem reforçar o papel do Brasil como líder climático:
- preservação de áreas de reserva legal e de Áreas de Preservação Permanente (APPs) nos imóveis rurais;
- adoção de boas práticas agropecuárias.
Segundo Munhoz, essas medidas podem abrir portas para recursos de fundos internacionais, como o Tropical Forest Forever Facility (TFFF), e consolidar o agro como solução para mitigação e adaptação climática.
Com informações de Canal Rural