Milho Recua em Chicago com Supersafra Recorde nos EUA

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Os contratos de milho na Bolsa de Chicago encerraram a terça-feira, 26, em baixa após novos sinais de produção recorde nos Estados Unidos. O vencimento de setembro caiu 0,44%, fechando a US$ 3,87 1/2 por bushel, enquanto o contrato de dezembro recuou 0,66%, para US$ 4,09 1/2 por bushel.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, o movimento reflete o quadro de oferta ampla, reforçado pelo relatório mais recente do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). O órgão manteve em 71% a fatia das lavouras classificadas como boas ou excelentes até 24 de agosto, o patamar mais alto desde 2016 e acima das expectativas do mercado.

O USDA ainda aponta 21% das plantações em condição regular e 8% em situação ruim ou muito ruim, repetindo os índices da semana anterior. Mesmo após a estimativa mais baixa divulgada pela Pro Farmer na semana passada, a projeção segue indicando colheita robusta, podendo superar 425 milhões de toneladas.

Mercado interno resiste

No Brasil, as cotações permanecem firmes entre R$ 66 e R$ 67 a saca, apesar da entrada da safrinha, que já chega a 90% de colheita, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A plataforma Grão Direto atribui a sustentação dos preços à demanda aquecida dos segmentos de etanol e proteína animal, que estabelecem um piso para o mercado.

Diante desse cenário, produtores aceleraram as vendas. Dados de julho do Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea) indicam que 62% da safra de Mato Grosso já foi comercializada. Em contraste, os contratos para a temporada 2025/26 avançam de forma mais lenta, pois o produtor aguarda maior definição de custos.

Exportações em foco

O Brasil entra em sua principal janela de exportação de milho diante de um ambiente global competitivo. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) projeta embarques de 7,8 milhões de toneladas em agosto. Analistas da Grão Direto observam que a taxa de câmbio será crucial para a competitividade frente à oferta recorde americana.

Com a colheita da safrinha praticamente concluída, o setor passa a enfrentar desafios logísticos, como capacidade de armazenagem e custos de frete. A Grão Direto avalia que a situação pode gerar disparidades regionais de preços, favorecendo produtores com armazéns próprios na entressafra, quando a indústria costuma pagar prêmios.

Com informações de Canal Rural

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