Movimentação de Soja e Milho Cresce 4,8% no Arco Amazônico

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A movimentação de cargas no Arco Amazônico – conjunto de terminais ao longo do rio Amazonas e afluentes, abaixo da Baía de Marajó – alcançou 87,8 milhões de toneladas em 2024, avanço de 4,8% frente ao ano anterior, segundo levantamento da Coordenação de Pesquisas e Desenvolvimento da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).

Desse volume, 64% passaram por Terminais de Uso Privado (TUPs), reforçando o peso da iniciativa privada na logística regional.

Alta de 288% em soja e milho na última década

Entre 2014 e 2024, a movimentação de soja e milho na região subiu 288,1%, índice muito superior ao registrado em rotas tradicionais:

  • Complexo de Santos (SP): +55,3%
  • Complexo de Paranaguá (PR): +17,2%

Em 2024, soja e milho somaram 30,9 milhões de toneladas nos terminais amazônicos, correspondendo a 22,8% das 135,3 milhões de toneladas movimentadas no país nessas duas commodities.

Principais cargas em 2024

  • Bauxita: 23,9 milhões t
  • Soja: 17,1 milhões t
  • Milho: 13,7 milhões t
  • Conteinerizada: 9,9 milhões t
  • Químicos inorgânicos: 5,7 milhões t
  • Petróleo e derivados (sem óleo bruto): 5,2 milhões t
  • Adubos e fertilizantes: 3,9 milhões t
  • Soda cáustica: 1,2 milhões t

Desafios de 2024 e 2025

A ATP aponta que a estiagem prolongada e a demora na dragagem reduziram o calado dos rios, limitando o carregamento dos navios. Como resultado, a movimentação de soja e milho caiu 8,7% nos cinco primeiros meses de 2025, totalizando 13,3 milhões de toneladas.

Projetos para ampliar o calado

Para mitigar as restrições, a entidade concentra esforços no projeto Barra Norte, que pretende aumentar o calado autorizado. O Comitê de Infraestrutura da ATP também atua junto ao DNIT e ao Ibama para viabilizar dragagens estratégicas, como a do rio Tapajós.

Além disso, a associação defende concessões hidroviárias que transfiram ao concessionário atividades como levantamentos hidrográficos, gestão de tráfego, manutenção e sinalização náutica. O presidente da ATP, Murillo Barbosa, afirma que o modelo traria previsibilidade à navegação interior e condições para ampliar a participação do Arco Amazônico no escoamento da produção nacional.

Com informações de Canal Rural

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