Neutralidade climática deve predominar e favorece calendário de chuvas para a próxima safra de soja, diz meteorologista

O Pacífico Equatorial deve permanecer em condição de neutralidade climática pelos próximos seis a sete meses, segundo avaliação do meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural. A projeção reduz a probabilidade de retorno do fenômeno La Niña e indica estabilidade durante todo o ciclo 2024/25 da soja no Brasil.

Müller explica que, nesse cenário, as precipitações tendem a voltar dentro do período considerado ideal para o plantio, beneficiando as principais regiões produtoras. Até a chegada das chuvas, as temperaturas deverão ficar levemente acima da média.

Previsão mês a mês

Embora o cenário geral seja favorável, a primeira quinzena de setembro ainda deve registrar acumulados abaixo da média. A regularidade das chuvas começa a melhorar a partir da segunda metade do mês, ainda com distribuição irregular devido às temperaturas elevadas.

O meteorologista alerta para o risco de focos de incêndio nas seguintes áreas:

• Centro-Oeste
• Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia)
• Interior do Sudeste

Nessas regiões, o manejo com fogo demandará atenção redobrada.

Imagem: canalrural.com.br

A partir de outubro, as anomalias positivas de precipitação tendem a ganhar força, fornecendo umidade adequada para o avanço da semeadura, sobretudo no Centro-Oeste e no Sudeste. As chuvas também devem alcançar o Matopiba, ampliando as condições para o plantio de soja.

Para Müller, o quadro desenhado pela neutralidade climática garante que as chuvas ocorram dentro do calendário agrícola, oferecendo um início de safra considerado otimista pelos produtores.

Com informações de Canal Rural