ONU Celebra Dia Internacional das Mulheres Rurais

Neste 15 de outubro, a Organização das Nações Unidas (ONU) comemora o Dia Internacional das Mulheres Rurais, data criada em 2007 para reconhecer a contribuição de agricultoras, empreendedoras e trabalhadoras do campo no combate à pobreza, na segurança alimentar e na sustentabilidade global.

Para 2025, o tema definido pela ONU é “A Ascensão das Mulheres Rurais: Construir Futuros Resilientes com Pequim+30”, em alusão aos 30 anos da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, considerada marco mundial na promoção da igualdade de gênero.

Participação feminina na agricultura

• De acordo com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Ifad), um quarto de todas as trabalhadoras do planeta atua na agricultura.
• Em países de baixa renda, essa proporção chega a 62%.
• Apesar disso, apenas 15% das terras agrícolas pertencem a mulheres.
• Nos países em desenvolvimento, elas representam mais de 40% da força de trabalho agrícola, variando de 20% na América Latina a mais de 50% em regiões da África e da Ásia.

O acesso limitado a crédito, tecnologia, educação e saúde, além de restrições na participação política, mantém desigualdades estruturais que afetam a criação de negócios mais resilientes e sustentáveis.

Objetivos e recomendações da ONU

Com o mote de 2025, a ONU pretende chamar atenção para as desigualdades de gênero no campo e reforçar o papel das mulheres como fornecedoras de alimentos e guardiãs do meio ambiente. Entre as recomendações estão:

• fortalecer sistemas de proteção social;
• ampliar a inclusão digital;
• aumentar a presença feminina em espaços de liderança rural e na formulação de políticas públicas.

Segundo o presidente do Ifad, Álvaro Lario, reconhecer a atuação de mulheres e meninas rurais é essencial para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 2 (Fome Zero) e o ODS 5 (Igualdade de Gênero).

Imagem: Freepik via canalrural.com.br

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) acrescenta que, na América Latina e no Caribe, persistem desequilíbrios na insegurança alimentar, na pobreza e na divisão do tempo de trabalho entre homens e mulheres, o que reforça a necessidade de ações voltadas ao fortalecimento do papel feminino no campo.

Com informações de Canal Rural