Pecuária Brasileira Pode Cortar 80% das Emissões Até 2050
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A pecuária brasileira caminha para reduzir drasticamente seu impacto ambiental enquanto amplia a produção de carne bovina. Projeções de um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) indicam que, até 2050, as emissões de gases de efeito estufa por quilo de carne podem cair pelo menos 79,9%. Em um cenário de maior adoção tecnológica, a queda pode superar 90%.
Queda também nas emissões totais
Mesmo com o crescimento do rebanho e da produção, o levantamento aponta que as emissões líquidas totais do setor podem recuar de 60% a 85% nas próximas décadas. O resultado depende da ampliação de práticas já presentes no campo:
- Recuperação de pastagens degradadas, elevando a produtividade sem abertura de novas áreas;
- Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que melhora o uso do solo e captura carbono;
- Melhoramento genético e nutrição de precisão, diminuindo o tempo de engorda e o metano entérico;
- Gestão e tecnologia mais eficientes, reduzindo desperdícios e aumentando a produção por hectare.
Demanda asiática impulsiona produção
O avanço ocorre em um momento de expansão da renda na Ásia, especialmente na China e no Sudeste Asiático, mercados que elevam o consumo de proteína animal. Como maior exportador mundial de carne bovina, o Brasil reúne escala, qualidade sanitária e, segundo o estudo, condições para atender à demanda com menor pegada de carbono.
Sustentabilidade como requisito
Para especialistas, os dados reforçam a posição do país em negociações comerciais e acordos internacionais, mostrando que a pecuária brasileira não é estática e evolui com base em evidências técnicas. O setor busca consolidar-se como referência em produção de alimentos em larga escala aliada à preservação ambiental.

Imagem: canalrural.com.br
Com informações de Canal Rural
Artigo criado em: 13/12/2025
Revisado em: Dezembro de 2025