Pesquisa Mostra 90% dos Americanos Preocupados com Alimentos

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Quase nove em cada dez adultos nos Estados Unidos relatam preocupação com o valor gasto nas compras de supermercado, aponta levantamento do Centro de Pesquisa de Assuntos Públicos da Associated Press-NORC divulgado na primeira semana de agosto.

Principais resultados

  • 53% dos entrevistados classificam os preços dos supermercados como grande fonte de estresse, enquanto 33% mencionam estresse moderado.
  • A apreensão com os alimentos superou qualquer outro tema financeiro pesquisado; ainda assim, mais da metade também indicou tensão com salário, moradia, poupança, dívidas no cartão de crédito e custos médicos.

Inflação nos alimentos

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) revela alta de 3% nos alimentos em 12 meses. No mesmo período:

  • Compras de supermercado subiram 2,4%.
  • Refeições fora de casa ficaram 3,8% mais caras.
  • Categorias monitoradas pelo Bureau of Labor Statistics registraram aumentos, com destaque para carnes, aves, peixes e ovos (+5,6%); só o preço dos ovos avançou 27,3%.
  • Bebidas não alcoólicas encareceram 4,4%; frutas e vegetais, 0,7%; cereais, produtos de panificação e laticínios, 0,9% cada.

O ritmo de 3% supera a inflação geral do CPI, hoje em 2,7%.

Outras pressões financeiras

  • Moradia é a segunda maior preocupação, considerada grande fonte de estresse por 47% dos participantes.
  • Poupança (43%), salário (43%) e assistência médica (42%) vêm em seguida.

Número em destaque

Entre julho de 2024 e julho de 2025, o valor do peito de frango avançou US$ 0,81 por libra, maior aumento entre os seis itens monitorados pela NBC News. No mesmo intervalo, carne moída subiu US$ 0,67 por libra e ovos ficaram US$ 0,64 mais caros por dúzia.

Tendência anual

Apesar da promessa de campanha do presidente Donald Trump de reduzir os preços, a elevação de 3% fica abaixo dos picos de dois dígitos vistos em 2022 (10,4%) e 2021 (6,3%), e se aproxima dos patamares de 2023 (2,7%) e 2024 (2,5%).

Impacto das tarifas

Análise do Budget Lab da Universidade Yale projeta que novas tarifas podem acrescentar cerca de 3% aos custos dos alimentos, com produtos frescos subindo quase 7% inicialmente antes de se estabilizarem. Bebidas, cereais, açúcar, carnes e laticínios também devem ficar mais caros.

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Imagem: forbes.com.br

Em 2024, os EUA importaram US$ 221 bilhões em produtos alimentícios; 62% vieram de México, Canadá, União Europeia, Brasil e China. A administração Trump suspendeu por 90 dias o aumento de tarifas sobre o México, manteve tarifa de 15% para itens da União Europeia, elevou a do Canadá para 35% em produtos fora do USMCA e cogitou tarifar o Brasil em 50%, índice posteriormente moderado. Exportações chinesas enfrentam tarifa média de 55%.

No momento, os consumidores norte-americanos seguem atentos ao impacto combinado da inflação e das políticas comerciais sobre o valor dos itens básicos na cesta de compras.

Com informações de Forbes

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