Prato Feito Liga Campo e Cidade na Alimentação do Brasil

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Em artigo assinado por Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), o prato feito (PF) é apresentado como elemento central da cultura alimentar nacional e ponte entre produtores rurais e consumidores urbanos.

Origem ligada ao trabalho

O PF surgiu no fim do século XIX, quando casas de pasto e pensões passaram a servir refeições rápidas e baratas para viajantes e, posteriormente, para operários que viviam longe de casa. A praticidade de um prato pronto e preço fixo consolidou o modelo, reforçado entre as décadas de 1930 e 1950 com a industrialização de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

Composição básica

  • Arroz como fonte de energia
  • Feijão responsável por proteína, fibras e ferro
  • Proteína animal ou ovo, dependendo do custo da carne
  • Acompanhamentos como farofa, batata ou couve
  • Porção de salada

Segundo Lüders, a combinação de arroz e feijão oferece proteína completa a baixo custo, tornando o PF uma “tecnologia social” que garante nutrição adequada ao trabalhador.

Valor econômico e social

O autor aponta que cada PF conecta lavouras de arroz, feijão e hortaliças a canteiros de obras, balcões de lojas e cabines de caminhões, reforçando a interdependência entre campo e cidade. Para ele, atacar o prato feito seria romper essa ligação.

Ameaça dos ultraprocessados

Lüders critica a substituição de refeições tradicionais por produtos ultraprocessados, considerados práticos, mas com excesso de aditivos e “calorias vazias”. Na visão do presidente do Ibrafe, a desvalorização do PF como “comida menor” coloca em risco a saúde pública e o patrimônio alimentar brasileiro.

Relação com a agenda ESG

No texto, o PF é classificado como exemplo de prática ESG (ambiental, social e governança):

Prato Feito Liga Campo e Cidade na Alimentação do Brasil - Imagem do artigo original

Imagem: Licia Rubinstein via canalrural.com.br

  • Ambiental – utiliza cadeias agrícolas reais com menor processamento e embalagem;
  • Social – garante refeição completa e acessível ao trabalhador;
  • Governança – demonstra compromisso corporativo com alimento de verdade.

Três ações defendidas

O presidente do Ibrafe propõe:

  1. Reconhecer oficialmente o prato feito como padrão alimentar brasileiro.
  2. Proteger a base do PF (arroz, feijão, ovos, carne e verduras) com políticas que fortaleçam produtores.
  3. Valorizar o PF como referência principal, e não como opção secundária.

Para Lüders, manter o prato feito forte significa assegurar dignidade ao trabalhador, renda ao produtor e alimentação equilibrada ao país.

Com informações de Canal Rural

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