Preço Baixo Faz Produtores de Arroz Reduzirem Plantio

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Os valores pagos pelo arroz no mercado interno têm levado produtores do Rio Grande do Sul a cortar área na safra 2023/24. Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), apenas 40% da semeadura prevista foi concluída, e a projeção total recuou para 920 mil hectares, 5% a menos que no ciclo anterior.

Algumas regiões podem encolher até 20%, de acordo com técnicos e lideranças do setor. O principal motivo é a perda de rentabilidade: a saca é negociada a cerca de R$ 58, abaixo do preço mínimo de R$ 63 fixado pelo governo federal, enquanto o custo médio de produção chega a R$ 90.

Endividamento, dificuldades de acesso ao crédito e custos elevados agravam a situação. “Como sou arrendatário, depende de parceria com outras pessoas. O cenário preocupa muito, principalmente pela falta de perspectiva e pelos preços internacionais baixos”, afirma o produtor Gilberto Raguzzoni.

Para Edinho Fontoura, presidente da Associação de Agricultores de Dom Pedrito, a renda do arrozeiro caiu pela metade em comparação ao ano passado. “Hoje o produtor enfrenta muita dificuldade na implantação da lavoura por falta de recursos e preços muito baixos”, diz.

Estoque alto e importação pressionam valores

O mercado interno conta com excedente de arroz, enquanto as exportações enfrentam obstáculos. A entrada de aproximadamente 2 milhões de toneladas vindas do Mercosul aumenta a oferta e mantém os preços em queda.

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Imagem: Paulo Lanzetta via canalrural.com.br

Apesar do ritmo acelerado de plantio para aproveitar as condições climáticas, muitos produtores optam por reduzir investimentos em insumos e tecnologia. Entidades do setor recomendam ajustar a área às condições de mercado.

“O momento é difícil e tudo indica que a área vai diminuir ainda mais. Só teremos a dimensão exata no fim da safra, com os levantamentos do instituto”, afirma Alessandro da Cruz, coordenador regional do Irga.

Com informações de Canal Rural

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