Preços de Fertilizantes Recuam após Alta desde 2022

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O mercado global de fertilizantes iniciou movimentação de baixa nas últimas semanas, depois de atingir em julho os valores mais elevados desde 2022. A reversão de tendência é atribuída à demanda enfraquecida e ao aumento da oferta em alguns segmentos.

Na América do Sul, Brasil e Argentina vêm trocando insumos concentrados por alternativas mais baratas. No mercado brasileiro, o sulfato de amônio bate recorde de importação por apresentar melhor custo que a ureia. Entre os fosfatados, Super Triplo e Super Simples ganham espaço na safra 2025/26, substituindo o MAP.

As compras para o plantio nacional estão na fase final, mas ainda há negócios em aberto e preocupação com logística. Elevados juros, dificuldade de crédito e aumento da inadimplência reduziram a antecipação dos pedidos.

No cenário internacional, a Índia permanece como principal compradora, garantindo algum suporte às cotações. Já a China afrouxou, no fim de agosto, as cotas de exportação e colocou no mercado volumes adicionais de ureia e MAP, fator decisivo para a queda dos preços.

Os produtos fosfatados começaram a mostrar fraqueza pela combinação de maior oferta chinesa e resistência dos compradores aos valores vigentes. No segmento potássico, os principais clientes estão abastecidos e a oferta segue estável.

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Imagem: Daniel Popov via canalrural.com.br

A retração do dólar frente ao real também colabora para melhorar as relações de troca ao produtor, barateando o insumo em moeda local. Apesar de ainda estarem acima dos níveis de 2023, as cotações em recuo podem representar oportunidade de compra para a próxima temporada.

A expectativa é de novas baixas até o fim do ano, com atenção especial à ureia, nitrogênio indispensável à segunda safra de milho. A tomada de decisão deverá continuar ligada ao comportamento dos preços dos grãos e às relações de troca.

Com informações de Canal Rural

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