Ibama Impõe Proteção de Ninhos de Harpia em Carajás
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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ordenou a proteção dos ninhos de harpia (Harpia harpyja) e o monitoramento de adultos e filhotes na área de mineração da Vale S.A. em Carajás, sudeste do Pará.
A decisão foi emitida no âmbito do Licenciamento Ambiental Federal (LAF) e abrange a Área Diretamente Afetada (ADA), localizada dentro do mosaico de Unidades de Conservação da região.
Espécie vulnerável
Classificada como “vulnerável” pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), a harpia enfrenta alto risco de extinção no Brasil e em outros países. As principais ameaças incluem:
- Perda de habitat por supressão de vegetação;
- Caça e captura;
- Construção de rodovias, hidrelétricas e linhas de transmissão.
Mais de 90% da população conhecida concentra-se na Amazônia de terras baixas, considerada o último refúgio da espécie.
Medida urgente
Filhotes foram encontrados em áreas previstas para supressão vegetal, o que levou o Ibama a classificar a proteção e o monitoramento como urgentes. Os dados coletados subsidiarão decisões futuras do órgão ambiental.
Lacunas de conhecimento
Pesquisadores ainda carecem de informações detalhadas sobre o comportamento da harpia e suas preferências de nidificação em Unidades de Conservação, bem como dos impactos específicos da mineração e de estruturas associadas.
Imagem: canalrural.com.br
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Conhecida também como gavião-real ou uiraçu, a harpia pode medir até 1,05 m de comprimento, atingir envergadura de 2,1 m e pesar até 7 kg (fêmeas). A espécie regula populações de mamíferos arborícolas, como preguiças e macacos, e é considerada indicador da integridade de florestas preservadas.
Distribui-se do sul do México ao nordeste da Argentina e Brasil; a estimativa é de 18.311 indivíduos em território brasileiro.
Com informações de Canal Rural
Artigo criado em: 22/12/2025
Revisado em: Dezembro de 2025