Recuperação De Áreas Degradadas Atrai Investidores Ao Agro
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A restauração de terras degradadas deixou de ser apenas compromisso ambiental e passou a representar oportunidade econômica para o agronegócio brasileiro. A avaliação é de Tiago Grisol, líder Agro da Grant Thornton Brasil, que vê o tema ganhar espaço entre produtores, empresas e fundos de investimento.
Segundo o especialista, o aumento do valor da terra impulsiona a busca por práticas capazes de elevar a produtividade sem abrir mão da responsabilidade ambiental. “Com a terra mais cara, faz sentido recuperar áreas improdutivas e torná-las férteis novamente”, afirma.
Grisol destaca que a tecnologia é peça-chave nesse processo. O país, reconhecido pela inovação no campo, aplica ferramentas de gestão, planejamento de longo prazo e análise de dados para reduzir riscos e ampliar a lucratividade das fazendas.
O avanço de novas gerações no comando das propriedades acelera a adoção de:
- sensoriamento remoto para monitorar a saúde do solo;
- ferramentas digitais que medem eficiência produtiva;
- planejamento racional do uso de insumos.
Para o executivo, a sustentabilidade passou a ser sinônimo de controle do negócio. Essa mudança também altera a forma de precificar uma fazenda: antes, o foco recaía sobre a produtividade imediata; agora, investidores avaliam a capacidade de gerar fluxo de caixa e mitigar riscos.
Imagem: Pixabay via canalrural.com.br
Áreas recuperadas tendem a atrair capital, captar recursos com juros mais baixos e conquistar melhor avaliação no mercado financeiro. Bancos, fundos e programas públicos buscam propriedades que comprovem boas práticas ambientais e sociais.
Grisol projeta que, no futuro, o valor de uma fazenda será calculado não apenas por quantas sacas produz, mas também pela geração de riqueza combinada à responsabilidade ambiental.
Com informações de Canal Rural