Replantio e Atraso na Soja Elevam Custos da Safra

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A semeadura da soja alcança 78% da área prevista no país, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O ritmo é mais lento que o registrado no mesmo período do ano passado e parte das lavouras de Mato Grosso, Goiás e do Matopiba precisou ser replantada.

Para o pesquisador de custos agrícolas do Cepea, Mauro Osaki, o replantio não é programado e torna difícil estimar o impacto financeiro. Mesmo com a recuperação da lavoura, o rendimento pode ficar abaixo do esperado, comprometendo o resultado final da safra.

Com o avanço do plantio em boa parte do Brasil, o foco agora se volta ao controle de fungos. Osaki observa que a aplicação de fungicidas deve começar nos próximos dias e que esse gasto já está previsto no orçamento dos produtores.

Atraso ameaça a segunda safra

O pesquisador classifica a temporada atual como mais desafiadora que a anterior. No mesmo período de 2022, praticamente toda a área de soja já estava semeada. O atraso tende a encurtar a janela do milho safrinha, deixando o plantio mais desuniforme e dependente da distribuição das chuvas.

Poder de compra pressionado

Em análise concedida no fim de outubro, Osaki destacou que fertilizantes e defensivos deterioraram o poder de compra para a safra 2025/26. Segundo ele, os produtores precisam hoje de mais sacas de soja para cobrir o orçamento em comparação à média das últimas cinco safras.

Sobre os preços da oleaginosa, o pesquisador vê possibilidade de recuperação, atrelada a eventuais problemas climáticos no Brasil e na Argentina e à evolução da disputa comercial entre Estados Unidos e China.

Replantio e Atraso na Soja Elevam Custos da Safra - Imagem do artigo original

Imagem: Embrapa Soja via canalrural.com.br

Cenário do milho

Para o milho, as condições são consideradas mais favoráveis ao produtor, pois dependem principalmente do mercado interno. A perspectiva de novas usinas de etanol valorizou contratos a termo e elevou as cotações, além de reduzir a oferta para as cadeias de frango, suínos e ovos.

Levantamento da Conab indica que 59,3% das áreas de milho verão já foram colhidas. Osaki vê oportunidade na primeira safra, por representar oferta menor que a do milho safrinha, mas ressalta a influência do clima. Nas últimas semanas, regiões do Rio Grande do Sul e do Paraná enfrentaram chuvas intensas e granizo; possíveis prejuízos devem surgir no início de dezembro, quando as espigas começarem a se formar.

Com informações de Canal Rural

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