Retirada de Tarifas dos EUA Ajusta Cotações do Café

O mercado internacional de café encerrou novembro em movimento de ajuste, após o governo dos Estados Unidos eliminar a tarifa adicional de 40% sobre o grão brasileiro, válida para embarques que ingressam no país desde 13 de novembro.

Segundo o consultor Gil Barabach, da Safras & Mercado, o fim da sobretaxa devolveu previsibilidade ao fluxo comercial e reduziu custos para a indústria norte-americana, ao mesmo tempo em que recuperou a competitividade do produto brasileiro no principal destino de exportação.

Reação imediata nas bolsas

Logo após o anúncio, os contratos futuros recuaram em Nova York e Londres, mas o arábica retomou a alta nos pregões seguintes. No encerramento do mês, o contrato março/2026 em Nova York avançou 2%, passando de 372,25 para 379,70 centavos de dólar por libra-peso. Na Bolsa de Londres, o robusta para janeiro permaneceu praticamente estável, ao redor de US$ 4.539 por tonelada.

Clima mantém mercado atento

As oscilações também refletem preocupações com o clima. No Brasil, a irregularidade das chuvas pode comprometer o desenvolvimento da safra de 2026. Já no Vietnã, maior produtor de robusta, o excesso de precipitações gera dúvidas sobre o término da colheita e a qualidade do grão.

Imagem: canalrural.com.br

Reflexos nos preços internos

• No sul de Minas, o arábica bebida boa subiu 3,5% em novembro, cotado a R$ 2.340 por saca de 60 kg em 27/11.
• O conilon tipo 7, em Vitória (ES), recuou 0,7%, negociado a R$ 1.380 por saca.

Com estoques globais apertados e condições climáticas incertas nos principais países produtores, o mercado continua sensível a novos ajustes de preços.

Com informações de Canal Rural