Risco climático ameaça agro sem seguro e zoneamento

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O comentarista de economia e política Miguel Daoud alerta que o agronegócio brasileiro continua exposto aos efeitos do clima por carecer de ferramentas de gestão de risco. Segundo ele, estiagens, chuvas fora de época e eventos meteorológicos extremos têm se intensificado, exigindo planejamento técnico no lugar da intuição.

Daoud cita o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) como instrumento decisivo para indicar o período e a área mais adequados ao plantio, reduzindo perdas produtivas. Além disso, destaca a importância de previsões meteorológicas confiáveis, consideradas hoje determinantes para evitar prejuízos.

O especialista compara o cenário nacional ao de Estados Unidos e Europa, onde o seguro rural é tratado como política de Estado. No Brasil, afirma, a cobertura ainda é vista como gasto supérfluo, deixando pequenos e médios produtores dependentes de auxílios emergenciais que chegam tarde e não cobrem totalmente os danos.

Sem a combinação de zoneamento aplicado, previsões precisas e seguro acessível, o risco climático continua sendo transferido ao produtor rural, avalia Daoud. Para ele, proteger esses profissionais é essencial para garantir a soberania alimentar do país.

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Imagem: Pixabay via canalrural.com.br

Com informações de Canal Rural

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