Safrinha, La Niña e atraso na soja elevam preço do milho

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Os contratos de milho para janeiro de 2026 encerraram a última sexta-feira (28) em alta nas principais bolsas de referência. Na Bolsa de Chicago, a cotação fechou a US$ 4,35 por bushel, avanço de 2,33% em relação à semana anterior. No mesmo vencimento, a B3 registrou valorização de 4,48%, com o preço atingindo R$ 74,39 por saca. O movimento também foi observado no mercado físico, com indicações positivas na maioria das praças.

Fatores que sustentam os preços

  • La Niña na Argentina – A Grão Direto alerta que o fenômeno climático coloca em risco a produção estimada de 52 milhões de toneladas de milho na safra 2025/26. O plantio avança lentamente devido ao excesso de umidade e, a partir de dezembro, o milho precoce enfrentará polinização sob provável déficit hídrico e temperaturas acima de 40 °C, cenário que favorece abortamento de espigas e queda de produtividade.
  • Exportações brasileiras – A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu a projeção de embarques de milho em novembro para 6,11 milhões de toneladas, 3,9% abaixo da estimativa anterior, mas ainda 24,2% superior ao volume enviado em novembro de 2024. Dados da Secretaria de Comércio Exterior apontam que, até outubro, o acumulado de exportações soma quase 30 milhões de toneladas. Entre 23 e 29 de novembro, o line-up portuário indica programação de 1,67 milhão de toneladas, aumento semanal de 10,1%.
  • Atraso no plantio da soja – O ritmo mais lento de semeadura da oleaginosa no Cerrado e no Matopiba deve empurrar o início do plantio do milho safrinha para fora da janela ideal. Parte das lavouras será instalada quando as chuvas já começam a diminuir, o que eleva o risco climático da segunda safra de 2026. Como a safrinha responde por cerca de 75% da produção nacional, eventuais perdas podem pressionar a oferta e já são precificadas na curva futura.

Segundo a Grão Direto, a combinação de preocupação climática para a próxima safrinha e demanda doméstica aquecida tende a manter o milho valorizado no mercado interno no curto prazo, mesmo diante da pressão baixista observada no cenário internacional.

Com informações de Canal Rural

Safrinha, La Niña e atraso na soja elevam preço do milho - Imagem do artigo original

Imagem: IA com base em de do Canal via canalrural.com.br

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