Santa Catarina reforça proibição de espatódea tóxica às abelhas

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O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) iniciou, nesta semana, uma campanha para lembrar a população de que produzir, plantar ou manter exemplares da árvore Spathodea campanulata é vedado em todo o estado desde 2019.

A espécie africana, popularmente chamada de espatódea, bisnagueira ou tulipeira-do-gabão, pode atingir 25 metros de altura e foi amplamente usada em áreas urbanas brasileiras. Estudos comprovaram que suas flores contêm toxinas presentes no pólen, no néctar e na mucilagem, capazes de matar diversas espécies de abelhas nativas e prejudicar a polinização.

A Lei Estadual nº 17.694/2019 determina:

  • proibição do plantio de novas árvores;
  • remoção de exemplares existentes;
  • substituição de árvores em espaços públicos por espécies nativas;
  • multa de R$ 1 mil por planta ou muda produzida em caso de descumprimento.

Para Elaine Zuchiwschi, coordenadora do Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras do IMA, a legislação estimula o manejo consciente da flora. O órgão recomenda o uso de espécies nativas adaptadas a cada ecossistema catarinense.

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Imagem: canalrural.com.br

Alternativas sugeridas pelo IMA

  • Região costeira (restinga): mangue-formiga (Clusia criuva), aroeira (Schinus terebinthifolia), ingá-cipó (Inga edulis)
  • Mata Atlântica (planícies e encostas): ipê-amarelo (Handroanthus chrysotrichus), pau-angelim (Andira fraxinifolia), corticeira (Erythrina crista-galli)
  • Serra e planalto (Floresta de Araucária): canafístula (Peltophorum dubium), camboatá (Cupania vernalis), caroba (Jacaranda puberula)
  • Região oeste (Floresta Estacional Decidual): ipê-roxo (Handroanthus heptaphyllus), timbaúva (Enterolobium contortisiliquum), canjerana (Cabralea canjerana)

O IMA orienta que o plantio de espécies nativas garante melhor adaptação ao solo e ao clima, preserva o equilíbrio ecológico e oferece segurança à fauna local.

Com informações de Canal Rural

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