Secretário Diz Que Cade Acertou ao Barrar Moratória da Soja
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O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, Guilherme Campos, classificou como positiva a decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que suspendeu o modelo coletivo da Moratória da Soja e abriu processo contra 30 tradings e duas entidades do setor.
Nos bastidores da Conferência Anual Santander, realizada na terça-feira (19), Campos afirmou que a medida oferece previsibilidade ao mercado e reforça que a legislação brasileira, especialmente o Código Florestal, deve nortear as operações.
“A grande discussão é uma imposição de fora versus uma regulamentação aqui no Brasil. A partir do nosso Código Florestal, está claro o que pode e o que não pode ser feito”, declarou o secretário. Ele acrescentou que a decisão evita triangulações para escoar soja fora dos parâmetros permitidos.
Campos avaliou que iniciativas semelhantes à moratória costumam ser empregadas como tentativa de frear o crescimento do agronegócio nacional. “Sempre vão tentar dar uma segurada no Brasil. O país, pelo espaço que conquistou na produção de grãos, proteína animal e bioenergia, vem ocupando posições cada vez mais relevantes e é hoje um grande protagonista”, disse.
Segundo o secretário, barreiras tarifárias e não tarifárias continuam a afetar as exportações brasileiras, muitas vezes baseadas em argumentos que, de acordo com ele, não condizem com a realidade do campo. Ele citou como exemplo a logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas, na qual o Brasil recicla quase 100% do material colocado no mercado.
Imagem: Senado Federal do Brasil via canalrural.com.br
Sobre a Regulamentação Europeia de Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), prevista para entrar em vigor nos próximos meses, Campos afirmou que o país reúne condições para atender à maior parte das exigências, mas alertou para a constante criação de novos requisitos. “O Brasil está preparado para atender à grande maioria das exigências. Mas são tantas que, quando você atende uma, criam outra. Em um, dois anos, sempre surge uma nova. Mas vamos dar conta”, concluiu.
Com informações de Canal Rural