Setor Investe em Marketing Para Retomar Consumo de Arroz e Feijão
Início - Notícias e Tendências do Agro - Setor Investe em Marketing Para Retomar Consumo de Arroz e Feijão
O setor produtivo de arroz e feijão planeja uma série de ações de comunicação e marketing para conter a queda no consumo desses alimentos no país. Representantes de entidades ligadas à cadeia destacam que a redução da procura afeta a renda no campo e ameaça a tradição do prato feito na mesa dos brasileiros.
O presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe), Marcelo Lüders, afirma que o desafio começa nas lavouras. Segundo ele, o feijão enfrenta elevada carga tributária, desde insumos até embalagens, o que encarece o produto ao consumidor e reduz a margem do produtor. “É algo que precisa ser discutido pela sociedade e pelo setor produtivo para garantir preços mais acessíveis”, declarou.
Para resgatar o hábito de consumo, o Ibrafe prevê lançar em fevereiro de 2026 a campanha Viva Feijão. A iniciativa pretende valorizar o prato feito, reforçar benefícios nutricionais e aproximar o público urbano de uma refeição considerada completa, composta por feijão e arroz.
O arroz também ganhará destaque em novas ações. No Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores do cereal, já está no ar a campanha do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), que utiliza o slogan “O arroz, a energia que move o Brasil”. De acordo com Denis Dias Nunes, presidente da Federarroz, o cereal é essencial para a economia rural gaúcha e para a geração de empregos.
Especialistas defendem que o estímulo ao consumo de arroz e feijão comece ainda na infância. A nutricionista Fabiana Borrego propõe campanhas educativas e políticas públicas para manter os dois alimentos no cardápio das escolas. “Não se trata de incluir, mas de não excluir arroz e feijão das refeições escolares”, afirmou, ressaltando o equilíbrio nutricional da combinação.
Imagem: Licia Rubinstein via canalrural.com.br
Combinados, arroz e feijão são considerados símbolo de identidade nacional, além de fonte de energia e nutrientes. O setor vê a recuperação do consumo como passo decisivo para assegurar a sustentabilidade da cadeia produtiva e preservar um dos principais ícones da culinária brasileira.
Com informações de Canal Rural