Início - Notícias e Tendências do Agro - Setor de Maçã Cobra Rigor Fitossanitário a Importadas
Produtores brasileiros de maçã pedem que as frutas importadas passem pelo mesmo controle fitossanitário exigido nos pomares do país. A reivindicação é da Associação Brasileira de Produtores de Maçã (ABPM), que representa mais de 3,5 mil agricultores.
Desde setembro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) mantém um plano nacional de prevenção e vigilância contra a Cydia pomonella, conhecida como traça da maçã. O inseto, erradicado do Brasil em 2013, ainda é problema em países que exportam para o mercado brasileiro, como Argentina, Uruguai e Chile.
O diretor-executivo da ABPM, Moisés de Albuquerque, afirma que o monitoramento interno é essencial, mas reforça a necessidade de exigências equivalentes para as frutas que chegam do exterior. “Nós esperamos que o Ministério da Agricultura faça exigências semelhantes às impostas aos produtores brasileiros”, disse, citando as barreiras enfrentadas pelo Brasil para acessar mercados como Malásia e Peru.
Santa Catarina, responsável por mais de 600 mil toneladas por safra, utiliza armadilhas com feromônios em mais de 100 pontos de produção, fronteira e unidades de embalagem. O gestor do Departamento Estadual de Defesa Vegetal da Cidasc, Alexandre Mess, lembra que não há obrigação legal para que cada produtor faça o próprio monitoramento, mas recomenda a prática.
Imagem: Divulgação Mapa via canalrural.com.br
Caso a praga volte a entrar no país, o custo estimado apenas para o controle ultrapassaria R$ 400 milhões por safra. Além disso, muitos mercados impõem restrições a defensivos químicos, o que, segundo Deise Feltes Riffel, da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, aumenta a preocupação dos produtores em reduzir pulverizações.
Com informações de Canal Rural