Setor Portuário Lança Manifesto na COP30 pelo Transporte Fluvial

Cinco entidades do segmento portuário divulgaram, durante a COP30 em Belém, o manifesto “Carta ao Mundo COP30: A Força Sustentável das Águas Interiores”, que defende a expansão da navegação interior como eixo da transição energética no transporte brasileiro.

O documento foi apresentado por ADECOM, ABANI, AMPORT, ATP e FENOP, representando operadores portuários, terminais privados e organizações da navegação. As instituições destacam que o Brasil possui uma das maiores malhas hidrográficas do planeta, fator considerado essencial para reduzir emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência logística.

Principais pontos do manifesto

• Redução de emissões de CO₂ com o uso do modal fluvial.
• Maior competitividade para agronegócio e indústria ao mover grandes volumes com menor consumo energético.
• Benefícios sociais, sobretudo na Amazônia, onde os rios são o principal meio de transporte de pessoas e mercadorias.
• Investimentos em energia renovável, combustíveis de menor impacto e embarcações mais eficientes.
• Ações coordenadas para dragagem sustentável, sinalização adequada e integração com ferrovias e rodovias.
• Renovação de embarcações de passageiros e modernização de portos regionais.

De acordo com o presidente da ATP, Murillo Barbosa, o setor já aplica tecnologias voltadas à redução de emissões, como uso de energia limpa nos terminais e melhoria da eficiência das embarcações. Ele também ressaltou a importância de obras de dragagem para manter a segurança da navegação.

Embora hoje represente parcela reduzida da matriz de transportes, a navegação interior vem crescendo nas rotas do agronegócio, impulsionada por concessões e ajustes regulatórios. O manifesto projeta avanços até 2035, com incremento de biocombustíveis, embarcações híbridas e elétricas, e metas alinhadas à Agenda 2030 da ONU e ao Acordo de Paris.

Imagem: Reprodução via canalrural.com.br

O texto é assinado por Adalberto Tokarski (ADECOM), José Rebelo III (ABANI), Flávio Acatauassú (AMPORT), Murillo Barbosa (ATP) e Sérgio Aquino (FENOP), que reforçam a necessidade de valorizar os rios para uma logística mais eficiente e sustentável no país.

Com informações de Canal Rural