Super Quarta Opoe Cortes do Fed a Juros Firmes no Brasil
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Nesta quarta-feira (12), conhecida como Super Quarta, o Federal Reserve (Fed) e o Banco Central do Brasil anunciam suas decisões de política monetária, movimentando as expectativas do mercado internacional e doméstico.
No caso norte-americano, investidores aguardam a divulgação do dot plot, gráfico trimestral que revela as projeções individuais dos dirigentes do Fed para a trajetória dos juros:
- Pontos mais altos sinalizam manutenção das taxas elevadas;
- Pontos mais baixos sugerem cortes futuros.
O banco britânico Barclays prevê que o documento mostre três reduções de juros até o fim de 2025, indicando o início de uma flexibilização após um ciclo prolongado de aperto. A leitura, contudo, permanece incerta diante da inflação resiliente e da pressão pública do ex-presidente Donald Trump por cortes mais rápidos, o que reacende o debate sobre a independência da autoridade monetária.
Decisão no Brasil
Enquanto isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) tende a manter a Selic em 15% ao ano. O nível, considerado já bastante elevado, busca conter riscos fiscais e preservar a credibilidade da política monetária.
Efeitos cambiais
A diferença de rumo entre EUA e Brasil pode estimular a entrada de capital estrangeiro no país, fortalecendo o real. Analistas projetam o dólar entre R$ 4,80 e R$ 5,00 nesse cenário.
Imagem: Motion Array via canalrural.com.br
Reflexos no agronegócio
- Receita menor: Exportadores de soja, milho, café e carnes recebem menos em reais, reduzindo margens já afetadas por supersafra e crédito caro.
- Custo aliviado: Fertilizantes, defensivos e maquinário importados podem ficar mais baratos.
Mesmo com a queda no custo dos insumos, o setor agrícola vê risco de perda de competitividade caso o dólar se mantenha enfraquecido, exigindo maior planejamento financeiro.
Com informações de Canal Rural