O tapiti (Sylvilagus brasiliensis), também conhecido como taéti, ou coelho-do-mato, é uma das poucas espécies de lagomorfos nativos do Brasil. Encontrada frequentemente desde a América do Norte até a América do Sul, essa espécie é comum principalmente nas regiões sudeste, sul, e também na região Amazônica.
Descrição da espécie
O tapiti é um representante do grande grupo de mamíferos Euarchontoglires, no qual a espécie humana também está inserida. Dentro deste grande grupo, os Glires, que incluem os roedores, como a capivara, e os Lagomorpha (lebres e coelhos), apresentam algumas características em comum, como o crescimento contínuo dos dentes incisivos superiores e a ausência de caninos.
E por falar em Lagomorpha, que é a ordem na qual o coelho-do-mato está inserido, há pouquíssimas espécies nativas do Brasil, sendo um número estimado entre 2 e 3; de modo que o tapiti é uma das mais conhecidas. Esse belo mamífero se caracteriza por um tamanho relativamente pequeno, de 30 centímetros de comprimento em média; e um peso que pode chegar a 1,2 kg. Além disso, possui uma coloração que varia entre o amarelo e o castanho, e orelhas finas e menores que as orelhas de lebres.
Hábitos do Tapiti
O coelho-do-mato é uma espécie normalmente solitária, que tem sua maior atividade em períodos crepusculares, e poucas horas antes do amanhecer. Vive frequentemente em bordas de matas, mas pode ser visto também nas imediações de áreas alagadas; embora se esconda muito bem em abrigos, no meio das folhagens ou perto de pedras.
O tapiti, assim como os coelhos domésticos, é um animal herbívoro, que se alimenta de brotos, talos vegetais, e também de alguns frutos. Já no que se refere à reprodução, é uma espécie vivípara, como todo bom mamífero; de modo que a gestação dura entre 28 e 44 dias, e pode originar desde 1, até 6 filhotes. Estes, por sua vez, passam a sair do ninho duas semanas após o nascimento, e, alguns dias depois, param de ser amamentados.
Vale ressaltar também que o tapeti constrói seus ninhos utilizando não somente folhagens, mas também seus pelos para garantir maior conforto, calor e proteção aos seus filhotes. Além disso, sua expectativa de vida é relativamente longa, podendo chegar a cerca de 10 anos de idade.