Tarifa de 50% ameaça participação do café brasileiro nos EUA

O aumento de 50% nas tarifas de importação aplicado pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros já provoca perda de espaço para o café nacional no principal mercado consumidor do planeta, alerta o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

De acordo com o diretor-executivo da entidade, Marcos Matos, países como México, Honduras e Colômbia ampliaram seus embarques para os EUA desde que a nova alíquota entrou em vigor. “Levamos décadas para conquistar a liderança no mercado americano e, agora, corremos o risco de ficar para trás”, afirmou.

Queda nos embarques

Em setembro, as remessas brasileiras ao mercado norte-americano caíram 52,8%, para 332 mil sacas. O destino, que antes liderava as compras de café do Brasil, passou à terceira posição, atrás de Alemanha e Bélgica.

Pedidos de exceção

O Cecafé defende a inclusão do café na lista de exceções ao tarifaço. Segundo Matos, a isenção total é prioridade nas negociações com Washington, pois os impactos já alcançam exportadores e podem chegar aos produtores.

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Balanço do ano

• Entre janeiro e setembro, o Brasil exportou 29,1 milhões de sacas, retração de 20,5% ante igual período de 2024.
• A receita subiu 30%, somando US$ 11 bilhões, impulsionada pela valorização internacional do produto.

Diversificação de mercados

Para reduzir a dependência dos Estados Unidos, parte dos embarques foi direcionada à Europa, Oriente Médio e Ásia. China e Austrália despontam como destinos promissores, mas o Cecafé reforça que o cenário geral ainda é de preocupação, sobretudo diante do encarecimento do café no varejo americano, a maior alta desde 1997.

Com informações de Canal Rural