Tarifas dos EUA a países que compram petróleo russo ameaçam agronegócio

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O Congresso dos Estados Unidos discute o Sanctioning Russia Act of 2025, projeto que estabelece tarifas de até 500% para nações que continuarem adquirindo petróleo, gás natural ou derivados da Rússia. A proposta amplia o alcance das sanções já aplicadas a empresas russas, como Rosneft e Lukoil, e pode afetar diretamente o Brasil.

Dependência brasileira em foco

  • Diesel: o país importa volumes consideráveis de combustível russo, fator que vem reduzindo custos no transporte e no setor agrícola.
  • Fertilizantes: mais da metade do consumo nacional desses insumos provém da Rússia, elemento crucial para culturas como soja e milho.

Se o mecanismo de penalização contra terceiros entrar em vigor, o Brasil corre o risco de enfrentar:

  • Alta no preço de fertilizantes, pressionando margens de produtores e podendo comprometer produtividade;
  • Encarecimento do diesel importado, elevando custos logísticos e de transporte de cargas;
  • Barreiras comerciais indiretas, caso produtos brasileiros sejam taxados em retaliação aos negócios com Moscou.

Cenário geopolítico amplia riscos

Especialistas lembram que a ofensiva dos EUA não mira apenas o governo russo, mas todo o sistema de abastecimento que mantém a economia daquele país. Com isso, países considerados neutros no conflito podem sentir efeitos colaterais das sanções.

A possibilidade de interrupções ou encarecimento de insumos coloca o agronegócio brasileiro em posição vulnerável. Diversificação de fornecedores, antecipação de compras e elaboração de alternativas logísticas surgem como medidas para reduzir riscos.

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Imagem: Preepik via canalrural.com.br

O debate no Congresso norte-americano segue sem data definida para votação final, mas o setor agrícola brasileiro já monitora o tema de perto, temendo impactos na próxima safra.

Com informações de Canal Rural

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