Taxonomia Sustentável Amplia Acesso a Crédito no Agro

O Comitê Interinstitucional da Taxonomia Sustentável Brasileira (CITSB) apresentou os critérios que irão classificar atividades econômicas com impacto ambiental positivo, abrindo caminho para que produtores rurais tenham acesso a financiamentos mais baratos e direcionados.

Segundo Thiago Egídio Barreto, gerente de sustentabilidade da Fundação Eco+, a taxonomia funciona como um sistema de classificação adaptado às realidades socioambientais do país. “É importante equacionar os critérios de sustentabilidade dentro do contexto brasileiro”, afirmou.

Benefícios diretos ao produtor

Barreto destaca que o produtor que cumprir as exigências socioambientais poderá obter recursos financeiros estratégicos com custos menores. O mecanismo conecta verbas públicas e privadas a práticas que conservem solo, água e florestas, além de promover manejo adequado.

Construção técnica e científica

O instrumento vem sendo desenvolvido desde 2023, com consultas públicas e participação de especialistas de diversos setores. Essa base técnica dá segurança a bancos e fundos de investimento ao padronizar critérios para aplicações em carteiras verdes ou sociais.

Pilares da taxonomia

• Conservação do solo e da água
• Manejo responsável de pastagens, que somam 40 milhões de hectares degradados no país
• Proteção de áreas de preservação permanente e reservas legais

De acordo com Barreto, uma agricultura bem manejada melhora a qualidade física, química e biológica do solo, ao mesmo tempo em que preserva florestas e biodiversidade.

Imagem: canalrural.com.br

Relevância rumo à COP30

A proximidade da COP30 aumenta a importância da taxonomia sustentável, que poderá orientar discussões sobre regulação de emissões e mercado de carbono. Para Barreto, a iniciativa demonstra o compromisso do Brasil com metas socioambientais e define um caminho para reduzir impactos climáticos.

Com informações de Canal Rural