Tecnologia Satelital Pode Economizar R$943 Mi ao Proagro

Início - Notícias e Tendências do Agro - Tecnologia Satelital Pode Economizar R$943 Mi ao Proagro

A adoção de imagens de satélite no monitoramento de lavouras pode reduzir em até R$ 943 milhões por ano as despesas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). O dado foi apresentado pela empresa de geotecnologia Audsat durante o Seminário Técnico Nacional de Gestão de Riscos Agropecuários e Seguro Paramétrico, realizado em 19 de setembro, na Sociedade Rural Brasileira, em São Paulo.

De acordo com a Audsat, o valor economizado equivale a aproximadamente 15 % das indenizações atualmente pagas pelo programa. O cálculo considera a aplicação correta das regras já vigentes, apoiada em monitoramento preciso para identificar período de plantio, delimitar áreas cultivadas e mensurar perdas com maior exatidão.

Uso obrigatório de satélites

O Banco Central já tornou obrigatório o uso de imagens de satélite no Proagro por meio de resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN). A medida busca aumentar a precisão na avaliação de perdas e, consequentemente, reduzir custos com indenizações.

Piloto do Zarc Níveis de Manejo

Outro projeto que combina tecnologia satelital e validações de campo é o Zarc Níveis de Manejo (NM), coordenado pela Embrapa. O piloto, voltado ao cultivo de soja no Paraná, contará com R$ 8 milhões em subsídios do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Segundo pesquisas da Embrapa, produtores enquadrados no Nível de Manejo 3 — que seguem as melhores práticas agronômicas — registraram entre 55 % e 83 % mais resiliência em anos de seca severa (2021 e 2022) em comparação aos agricultores que não adotaram essas recomendações.

Tecnologia Satelital Pode Economizar R$943 Mi ao Proagro - Imagem do artigo original

Imagem: canalrural.com.br

Impacto para crédito e seguradoras

Especialistas apontam que a integração de monitoramento satelital, análise de dados e classificação por nível de manejo pode:

  • viabilizar juros mais baixos e prêmios menores para produtores com menor vulnerabilidade climática;
  • reduzir distorções e seleção adversa nos mercados de crédito e seguro rural;
  • gerar ganhos de eficiência e economia de recursos públicos.

Pedro Loyola, consultor em gestão de riscos agropecuários e coordenador executivo do Observatório do Seguro Rural da FGV Agro, reforçou que o país dispõe de tecnologia, ciência e dados para ampliar esses mecanismos e tornar a política agrícola mais justa e sustentável.

Com informações de Canal Rural

Sobre o Autor

Compartilhe com Amigos!

Inscreva-se em nossa Newsletter e receba os melhores destaques da roça e do agro