Universidades Criam Testes Rápidos Para Detectar Metanol

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Pesquisas conduzidas em universidades públicas estão agilizando a identificação de metanol em bebidas alcoólicas, substância que já provocou pelo menos 11 intoxicações confirmadas e mantém outros 102 casos em análise pelo Ministério da Saúde.

Equipamento de ressonância na UFPR

No Laboratório Multiusuário de Ressonância Magnética Nuclear da Universidade Federal do Paraná (UFPR), qualquer pessoa pode agendar, gratuitamente, a análise de amostras. Segundo o vice-coordenador, professor de química Kahlil Salome, o aparelho produz o resultado em cerca de cinco minutos com apenas 0,5 ml da bebida. O gráfico gerado indica a presença de metanol mesmo em líquidos com corantes ou frutas.

Método patenteado pela Unesp

Em Araraquara (SP), pesquisadores do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram, em 2022, um teste que transforma metanol em formol após a adição de um sal específico. Em seguida, um ácido altera a cor da solução. O processo leva cerca de 15 minutos e já conta com patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).

Kit comercial da UnB

A Universidade de Brasília (UnB) iniciou, em 2013, um projeto que resultou em kits disponíveis para empresas e órgãos públicos. Criada a partir de pesquisas do Laboratório de Materiais e Combustíveis, a startup Macofren comercializa o conjunto por aproximadamente R$ 50, com custo adicional de R$ 25 por teste. O exame utiliza 1 ml de amostra e tem procura crescente: cerca de 200 empresas aguardam na fila.

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Imagem: Pixabay via canalrural.com.br

Limites e riscos

Os pesquisadores alertam que 10 microlitros de metanol em 100 ml de cachaça, vodka ou tequila já representam concentração perigosa; 30 ml podem ser letais. A variedade de corantes e açúcares dificulta a análise, podendo gerar falsos positivos, mas nunca falsos negativos, garantem os especialistas.

Com informações de Canal Rural

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